quarta-feira, agosto 04, 2010

Soneto do Acaso

O acaso, vento sem direção, me levou
Entre labirintos a um jogo de mistério
Em prosas e olhares certeiros, tornou
Breve doçura de paixão, em caso sério.

Não pude acreditar em toda imensidão
Loucura efêmera de sonho, talvez tolice
Se meu olhar dissesse sequer um não
Mentira seria... Olhos de Alice!

Embora a exclamação traga em si o inédito
Sinto que aqueles primeiros olhos não foram primeiros
Em vida ou devaneio, aqueles já me foram velhos

Guarde em ti, única promessa, dentro de toda maldade
A nossa aliança, mesmo que como poeira no deserto
Voe aos horizontes, no final, a nossa fidelidade.