Aquela maçã que mordi no teu ventre feiticeiro
Pecado letal primeiro, impiedoso sortilégio
Veneno no olho da serpente do paraíso faceiro
Tal encanto profano santo sacrilégio
Relâmpago na mata virgem dedo da vida
Precipitação no árido sertão das estiagens
Viagens. Teu peito esquerdo me alivia
O medo das loucas e estranhas passagens
Céu do sol solipso, estrela única do calor,
Sétima chave no fundo do túnel temido
Meu baú prendeu do mundo o ardor
Pecado não é provar do doce libido
Inferno do fogo pueril no seu olhar caído
Logrei seu corpo na veleidade do sonho
Ousei viver como a águia sentada no abismo
Vício da maçã rosada é um mundo risonho