sábado, janeiro 09, 2010

Longos tristes clamores de uma jovem.

Que bom seria ser a lua no céu, para apenas observar o gemido dos homens. Que bom seria se não houvesse tristeza agora, tudo seria júbilos. Para o meu descontentamento cretino de mulher, pertenço hoje a este fado. Não sei se devo atirar-me na companhia sagrada da solidão ou se mergulhar na minha mais surda altivez. Estendo a mão aos céus e faço promessas de glória, para ao menos este instante, não ser algo que eu não planejei. As lágrimas que escorrem repetidas em minha face são cachoeiras de pânico, soluços do término de um verão e preocupação neurótica com o inverno. Não penso se serei algo, ou se acabarei aqui, apenas queria ser a lua no céu, ah que bom seria.

2 comentários:

Luiz Rosa Jr. disse...

Belíssimo o poema, ser o luar de fato pode ser bom assim como contemplar a poesia nascente, boas inspirações poetisa!!

Um abraço!!

Unknown disse...

Tenho plena convicção de que se Eu fosse a Lua, como invejaria os homens e sua liberdade em ir e vir, suas paixões fervorosas, seus anseios inseguros, sua poesia tocante... Mas sendo humanos, só nos resta olhar a lua, e ficarmos desejosos de tê-la, não é mesmo?