quarta-feira, julho 06, 2011

Sobre o chão podre...

Eu tive um sonho onde eu te via ainda com esse sorriso aberto demais... Entregue, despido e sóbrio. Você aparecia como uma sombra, caminhando meus passos, seguindo meus movimentos, se alimentando da minha carne e ajustando minhas falhas. Me olhou diversas vezes com fome no âmago do olhar. O sonho se tornou pesadelo, quando fixei minhas mãos em tua cabeça e olhei profundamente teus olhos. Fitei-os. Acordei com uma idéia na mente, sentindo palidez no paladar, vazio no olfato e nojo na visão. Você foi. Desapareceu como um espírito arauto. Eu entendi, ok? Captei sua mensagem, nuvem breve. Dissipa-te, evacua-te. Não quero vê-lo em pesadelos novamente.
Tudo aconteceu muito rápido, mas você ainda me deixa lembranças. Ainda posso ouvir tua voz macia passeando em meus tímpanos, como o som de um violino amigo. Posso ainda sentir tua esquisitice, esta tão formal e sem muitas especificidades. Eu realmente posso.
Porém,
Tudo isso me desperta sensações comuns. E, de sensações comuns não possuo nem os sentidos.
Pensei que você pudesse ser mais. Te escrevi algo em momentos de encanto breve, mas não era encanto, era necessidade de se encantar. E quanto aos versos, nada que eu venha a trazer para meu conjunto de poemas. Não me doei. Sinto gratidão.
Odeio pensar em você hoje, porque só me causa sentimentos adversos.
Ainda memorizo sua dedicação. Mas, avisei sobre mim.
De qualquer forma, nossas energias estão vagando sobre aquelas fétidas ruas...   

3 comentários:

multcriação disse...

Sera que todas palavras já foram ditas não sei mas quem e você para dar me uma nova semântica!!!

Vinícius Alemia disse...

O tempo passa mas seu talento jamais!

PolianaRodrigues disse...

Parabéns Alice,vc tem um belo futuro pela frente :D