O sol do infinito brilha lá onde vive o céu
O diamante que sobe o orgulho dos cegos
Corta os pulsos de nossas crianças africanas
Derramam o suor dos deuses negros
As mulheres desnudas aidéticas e pobres
Bebem a água da lama da chuva sem ânsia
Anseiam apenas saciar a sede da mente
Lutam contra a fome com sua dança
Deus que mora em um planeta solitário
Vê o círculo que se fecha em torno dos homens
Cada um vulgarizando e vendendo seu corpo
Matando a nascente do amor, assoreando a fonte
Os olhos faiscando carência, negros fortes
Pedindo paz, mas só há obediência
A hierarquia que afunda o ser humano
Num mundo sóbrio de demência
Toda civilização que sobe seu auge
Mergulha, um dia, na derrota perdida
Engolem a saliva das palavras não ditas
E bebem o sangue de suas feridas
As lágrimas irão fazer águas dulcícolas
A areia vai desmanchar nas ondas
E as águas inundarão o pensamento podre
De todos os reis que vivem de sombras.
A humanidade vai aprender a valorizar
Cada pedaço da árvore que é cortada
E lá na África todos irão brindar
A estupidez arruinada.
2 comentários:
muito lindo vc é realmente incrivel
adorei !!!
Um poema forte, com atitude,
que mostra a pobreza humana, e
a falta de caráter...
com certeza um dos melhores que li.
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