sábado, dezembro 18, 2010

Solidão não se espera. Solidão se tem ou não se tem. Solidão da alma. Solidão é uma roupa, um adereço acompanhante a uma modelo que reina a passarela. Solidão se come, se bebe, se deita. Diariamente. Solidão do olhar, do salão de beleza. É a solidão dos homens, do ego. Solidão é o egoísmo. Ser sozinho é estar no centro, e se esquivar. Solidão combina com carros nos bulevares, com as mulheres em seus prostíbulos, com lojas, roupas em vitrines. Solidão combina com beijos carentes, homens hedonistas, com sadomasoquismo, e também, umbigo. Solidão é a ausência de algo ou alguém? Isso é egoísmo, logo deve ser também solidão. Por que almejar alguém ao lado? Sempre... Sempre... Aquela velha conversa de não ter a quem solicitar... De não ter atenção e cuidados para si. Isso é egoísmo, isso é solidão, isso é vácuo. Solidão é se importar em não ter, não possuir, não satisfazer os desejos da evasão materialista. Mas, isso não é pecado, é exercer a qualidade de ser ‘humano’.

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