quarta-feira, abril 28, 2010
A terra lhe comerá os olhos, mas não tua virtude. Apodrecerá tua carne, até que os vermes sórdidos da terra úmida roam seus braços, pernas e nariz; E lhe tirará a possessão do mundo servil; Breve passagem, breve história. Seus cabelos grisalhos continuarão sedosos e velhos e cacheados, dançarão por entre os grãos de areia e no véu da noite, permanecerão frios. Eis o mistério da vida. Eis a loucura da morte. O corpo em pratos limpos, dado ao sol e à lua. Do ventre amado um menino saiu. Do ventre do solo irá perpetuar a mente. Do berço sai a criança, no vento lança-se um homem.
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Um comentário:
Se não estou enganada, posso lamentar tua perda, com a segurança de que, ao corpo, a terra, mas à lembrança, a eternidade.
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